"the country is on sale!" by the way...
muito a propósito do último post, lembro uma situação (remontamos a 2003) que tenho recordado com frequência em conversas de café.
numa ida ao posto da GNR mais próximo - em causa uma suposta reportagem sobre arrumadores e seus malefícios para a comunidade de uma pequena cidade no norte do país - ouvi o que nã0 esperava....
pedia o número de autos levantados a arrumadores, procurando esboçar uma estatística que conseguisse ilustrar o que era, nos últimos tempos, conversa recorrente. ao pedido, o comandante respondeu-me simples e efectivamente:
"olhe, menina, estou mais preocupado com o número de casos de penhoras com que nos deparamos diariamente. no posto temos 30 efectivos. todos os dias, os que estão de serviço, saem para ir buscar um arguido que não compareceu a tribunal num caso de falência, para arrestar todo o recheio de casas de família... e eu nem sequer tenho efectivos libertos para autuar arrumadores... olhe, estou mais preocupado com essa anormalidade do que com arrumadores, se quer que lhe diga..."
engoli em seco o meu pedido em jeito de pergunta. e a reportagem tomou outro rumo. estavamos em 2003...
numa ida ao posto da GNR mais próximo - em causa uma suposta reportagem sobre arrumadores e seus malefícios para a comunidade de uma pequena cidade no norte do país - ouvi o que nã0 esperava....
pedia o número de autos levantados a arrumadores, procurando esboçar uma estatística que conseguisse ilustrar o que era, nos últimos tempos, conversa recorrente. ao pedido, o comandante respondeu-me simples e efectivamente:
"olhe, menina, estou mais preocupado com o número de casos de penhoras com que nos deparamos diariamente. no posto temos 30 efectivos. todos os dias, os que estão de serviço, saem para ir buscar um arguido que não compareceu a tribunal num caso de falência, para arrestar todo o recheio de casas de família... e eu nem sequer tenho efectivos libertos para autuar arrumadores... olhe, estou mais preocupado com essa anormalidade do que com arrumadores, se quer que lhe diga..."
engoli em seco o meu pedido em jeito de pergunta. e a reportagem tomou outro rumo. estavamos em 2003...
2 Comments:
Quer-me parecer que a entrevista ficou bastante mais interessante que era esperado =)
sim, de facto ficou. acabei por começar a investigar casos de falência declarada, casos de dívidas e penhoras.. e descobri números assustadores.
curioso, agora que me lembro, na minha ida ao tribunal (para esta mesma reportagem) acabei por descobrir uma outra... no tribunal da terrinha não cabe toda a gente que la vai, os funcionarios trabalham com o cotovelo em cima do colega do lado, o 3º juízo cível funcionava no gabinete dos procuradores, paredes quase a ruir... enfim. depois acabei por "vender" essa história.
é curioso, não é? onde quer que vamos há sempre uma história interessante para contar, é só estar atento para a descobrir...
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